Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
sábado, 28 de abril de 2012
Caio Fernando Abreu
domingo, 22 de abril de 2012
Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Vega. Levam junto quem me ama, me levam junto também.
(Na terra do coração, in: Pequenas Epifanias)
(…) mas volto e volto sempre, então me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conhecer as regras, me deixo tomar inteiro por tuas estranhas liturgias, a compactuar com teus medos que não decifro, a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso descarnado, essas migalhas que me vais jogando entre as palavras e os pratos vazios, torno sempre a voltar, talvez penalizado do teu olho que não se debruça sobre nenhum outro assim como sobre o meu, temendo a faca, a pedra, o gume das tuas histórias longas, das tuas memórias tristes, cheias de corredores mofados, donzelas velhas trancadas em seus quartos, balcões abertos sobre ruazinhas onde moças solteiras secam o cabelo, exibindo os peitos, tornarei sempre a voltar porque preciso desse osso, dos farelos que me têm alimentado ao longo deste tempo (…)
(À beira do mar aberto, in: Os Dragões Não Conhecem O Paraíso)
, e me anoiteço ainda mais e me entrevo tanto quando estás presente e novamente me tomas e me arrancas de mim me desguiando por esses caminhos conhecidos onde atrás de cada palavra tento desesperado encontrar um sentido, um código, uma senha qualquer que me permita esperar por um atalho onde não desvies tão súbito os olhos, onde teu dedo não roce tão passageiro no meu braço, onde te detenhas mais demorado sobre isso que sou e penses quem sabe que se aceito tuas tramas, e vomitas sobre mim, depois puxas a descarga e te vais, me deixando repleto dos restos amargos do que não digeriste, mas mesmo assim penses que poderias aceitar também meus jogos, esses que não proponho, ah detritos, (…)
(Caio Fernando Abreu. À beira do mar aberto, in: Os dragões não conhecem o paraíso)
sábado, 21 de abril de 2012
Me namora
Abre os braços vem e me namora
Eu quero dar razão ao sentimento
Mostrar que é lindo o que eu sinto por dentro
Beleza essa que eu te canto agora
Abre os braços vem e me namora
Eu penso estar vivendo uma ilusão
Sem saber se me quer ou não
Quem dera se a resposta fosse sim
Mas acho que já nem liga pra mim
Se for assim o meu coração
Sofre, só, sem você em vão
Bate mais triste então
Abre os braços vem e me namora
Eu quero dar razão ao sentimento
Mostrar que é lindo o que eu sinto por dentro
Beleza essa que eu te canto agora
Abre os braços vem e me namora
Eu penso estar vivendo uma ilusão
Sem saber se me quer ou não
Quem dera se a resposta fosse sim
Mas acho que já nem liga pra mim
Se for assim o meu coração
Sofre, só, sem você em vão
Bate mais triste então
“Rapazes, ouçam bem! Preferimos mil vezes que vocês digam (sem muitos rodeios) que estão cansados. Que não nos querem mais. A cair no clichê mais manjado do mundo: o do homem distante. (Existe coisa mais angustiante que isso?).
É um tal de não dar notícia. Desmarcar encontros. Inventar desculpas… E insistir que aquela velha amiga é apenas uma amiga.
Quando vejo uma situação dessas, penso logo de cara: eles estão subestimando a nossa inteligência? Agora descobri que não. Eles estão apenas escondendo o medo absurdo que eles têm da gente. Medo da nossa reação. Medo da gente chorar. Rodar a baiana...
(Fernanda Mello)
É um tal de não dar notícia. Desmarcar encontros. Inventar desculpas… E insistir que aquela velha amiga é apenas uma amiga.
Quando vejo uma situação dessas, penso logo de cara: eles estão subestimando a nossa inteligência? Agora descobri que não. Eles estão apenas escondendo o medo absurdo que eles têm da gente. Medo da nossa reação. Medo da gente chorar. Rodar a baiana...
(Fernanda Mello)
domingo, 15 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
"Eu. Eu sou errada. Eu escolho errado. Eu escolho a dedo. Eu acho que as coisas são como penso que deveriam. Eu me jogo. Me envolvo. Me dou. Me estrepo. Dou a cara pra bater. Me abro. Me entrego. Me fodo. Me ferro. Me queimo. Me desgoverno. Perco as estribeiras. Perco o chão. Perco tudo. Só não perco a identidade. Porque eu sou eu. Sem medo. Sem pé atrás. Sem crueldade. Sem ficar cheia de dedos. Sem covardia. Sem hesitação. Sem pensar muito. Sem nada. Apenas vou. Apenas sinto. Apenas sei. Apenas quero. E quero mesmo…"
Clarissa Corrêa
Clarissa Corrêa
Mas seus olhos não mentem o cansaço da espera e a tristeza de estar solta, e você fica feia. É ter a sensação de que ninguém te olha, pelo menos não como você gostaria de ser olhada. Estar sozinha é estar solta e, no entanto, é estar amarrada ao chão porque nada te faz flutuar, sonhar, divagar. Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um. Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido. E o sentido dela dói demais. Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido […] É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada.
Tati Bernardi
Tati Bernardi
Confesso que me dá uma saudade irracional de você. E tenho vontade de voltar atrás, de ligar, de te dizer mil coisas, e cair em suas mãos, sem me importar com nada, simplesmente entregar-te meu coração. Mas não, renuncio, me controlo e digo para mim mesmo que não é assim, que não pode ser, que você se foi, e não volta.
Caio Fernando Abreu
Não te prometerei o mundo, meu amor
porque também eu, embora apaixonada,
embora capaz de mudar para qualquer lugar só para te acompanhar,
eu também preciso dele para viver.
É uma coisa que aprendi:
por maior que seja o envolvimento, duas pessoas nunca serão uma.
Então, eu respeito o nosso espaço
e me perco em seus abraços
sem esquecer de onde vim.
porque também eu, embora apaixonada,
embora capaz de mudar para qualquer lugar só para te acompanhar,
eu também preciso dele para viver.
É uma coisa que aprendi:
por maior que seja o envolvimento, duas pessoas nunca serão uma.
Então, eu respeito o nosso espaço
e me perco em seus abraços
sem esquecer de onde vim.
sábado, 7 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
❝ Essa não é mais uma carta de amor, são pensamentos soltos, traduzidos em palavras… pra que você possa entender, o que eu também não entendo.
Amar não é ter que ter sempre certeza, é aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém.
É poder ser você mesmo, e não precisar fingir. É tentar esquecer, e não conseguir fugir.
Já pensei em te largar, já olhei tantas vezes pro lado.
Mas quando penso em alguém, é por você que fecho os olhos.
Sei que nunca fui perfeito, mas com você eu posso ser até eu mesmo, que você vai entender.
Posso brincar de descobrir desenhos e nuvens.
Posso contar meus pesadelos, e até minhas coisas fúteis.
Posso tirar a tua roupa, posso fazer o que eu quiser.
Posso perder o juízo, mas com você eu tô tranquilo. Tranquilo! Agora o que vamos fazer?
Eu também não sei! Afinal, será que amar, é mesmo tudo?
E se isso não é amor… o que mais pode ser? Estou aprendendo também.
- Jota Quest
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