sábado, 28 de abril de 2012






“A gente não cansa de amar,
A gente cansa de não ser amado.”

(Fabrício Carpinejar)



“Tudo que era vadiagem sozinho: assistir televisão, dormir até tarde: torna-se programa. 
  Namorar é encontrar um cúmplice para nossa preguiça.”

(Fabrício Carpinejar)




Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. (…) É aceitar doer inteiro até florir de novo.

Caio Fernando Abreu
Alô? (…) Queria saber se você quer sair para beber alguma coisa? (E ouvir umas histórias. Contar algumas também. Botar a conversa em dia? Falar sobre nós um pouco, talvez. Contar umas estrelas. Fazer uns pedidos. Quem sabe realizar alguns meus. Rir um pouco. Sentir-se leve. Esquentar um pouco os pés frios? O coração vazio. Se não quer sentar e relembrar o passado. Matar essa saudade. E essa vontade. Quem sabe sentir alguma vontade. Não sei? Queria saber se você não está a fim de amar um pouco? Se aceita ser amado. E me amar.) Aí a gente pode bater um papo.

Caio Fernando Abreu





Me cerco de boas intenções, me reservo pros poucos e melhores amigos. Me encho de luz. Me permito o riso.
 
Caio Fernando Abreu

domingo, 22 de abril de 2012

E continuo aqui nessa luta constante para ser mais forte que a vontade de procurar você!
Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Vega. Levam junto quem me ama, me levam junto também. 
(Na terra do coração, in: Pequenas Epifanias)
Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Vega. Levam junto quem me ama, me levam junto também. 
(Na terra do coração, in: Pequenas Epifanias)
E tudo é natural, basta não teres medos excessivos — trata-se apenas de preservar o azul das tuas asas.
(Uma história de borboletas, in: Pedras de Calcutá)
E tudo é natural, basta não teres medos excessivos — trata-se apenas de preservar o azul das tuas asas.
(…) mas volto e volto sempre, então me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conhecer as regras, me  deixo tomar inteiro por tuas estranhas liturgias, a compactuar com teus medos que não decifro, a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso descarnado, essas migalhas que me vais jogando entre as palavras e os pratos vazios, torno sempre a voltar, talvez penalizado do teu olho que não se debruça sobre nenhum outro assim como sobre o meu, temendo a faca, a pedra, o gume das tuas histórias longas, das tuas memórias tristes, cheias de corredores mofados, donzelas velhas trancadas em seus quartos, balcões abertos sobre ruazinhas onde  moças solteiras secam o cabelo, exibindo os peitos, tornarei sempre a voltar porque preciso desse osso, dos farelos que me têm alimentado ao longo deste tempo (…)
(À beira do mar aberto, in: Os Dragões Não Conhecem O Paraíso)
(…) mas volto e volto sempre, então me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conhecer as regras, me  deixo tomar inteiro por tuas estranhas liturgias, a compactuar com teus medos que não decifro, a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso descarnado, essas migalhas que me vais jogando entre as palavras e os pratos vazios, torno sempre a voltar, talvez penalizado do teu olho que não se debruça sobre nenhum outro assim como sobre o meu, temendo a faca, a pedra, o gume das tuas histórias longas, das tuas memórias tristes, cheias de corredores mofados, donzelas velhas trancadas em seus quartos, balcões abertos sobre ruazinhas onde  moças solteiras secam o cabelo, exibindo os peitos, tornarei sempre a voltar porque preciso desse osso, dos farelos que me têm alimentado ao longo deste tempo (…)
(À beira do mar aberto, in: Os Dragões Não Conhecem O Paraíso)
, e me anoiteço ainda mais e me entrevo tanto quando estás presente e novamente me tomas e me arrancas de mim me desguiando por esses caminhos conhecidos onde atrás de cada palavra tento desesperado encontrar um sentido, um  código, uma senha qualquer que me permita esperar por um atalho onde não desvies tão súbito os olhos, onde teu dedo não roce tão passageiro no meu braço, onde te detenhas mais demorado sobre isso que sou e penses quem sabe que se aceito tuas tramas, e vomitas sobre mim, depois puxas a descarga e te vais, me deixando repleto dos restos amargos do que não digeriste, mas mesmo assim penses que poderias aceitar também meus jogos, esses que não proponho, ah detritos, (…)
(Caio Fernando Abreu. À beira do mar aberto, in: Os dragões não conhecem o paraíso)
, e me anoiteço ainda mais e me entrevo tanto quando estás presente e novamente me tomas e me arrancas de mim me desguiando por esses caminhos conhecidos onde atrás de cada palavra tento desesperado encontrar um sentido, um  código, uma senha qualquer que me permita esperar por um atalho onde não desvies tão súbito os olhos, onde teu dedo não roce tão passageiro no meu braço, onde te detenhas mais demorado sobre isso que sou e penses quem sabe que se aceito tuas tramas, e vomitas sobre mim, depois puxas a descarga e te vais, me deixando repleto dos restos amargos do que não digeriste, mas mesmo assim penses que poderias aceitar também meus jogos, esses que não proponho, ah detritos, (…)
(Caio Fernando Abreu. À beira do mar aberto, in: Os dragões não conhecem o paraíso)
Com pessoas, essa forma de criação mais imperfeita que Deus colocou sobre a Terra, tenho deixado pra lá. Minha energia é para o texto, as plantas, os passarinhos que alimento com sementes de girassol. A minha autocura no braço, na raça, na solidão que ninguém compreende, e por isso mesmo não dói. Me dóem as feridas físicas, as queimaduras de nitrogênio líquido pelo corpo. Tenho visto anjos, sa’s?
E as fadas também existem, baby.
(Caio Fernando Abreu. Carta a Jacqueline Cantore)

Às vezes eu penso em desistir, eu acho que não agüento essa aprendizagem toda outra vez — fico tentado a desistir. Não sei bem por que insisto, posso dizer apenas frases feitas sobre isso, mas na verdade não sei.
(Caio Fernando Abreu. Carta a Vera Antoun)
Às vezes eu penso em desistir, eu acho que não agüento essa aprendizagem toda outra vez — fico tentado a desistir. Não sei bem por que insisto, posso dizer apenas frases feitas sobre isso, mas na verdade não sei.
(Caio Fernando Abreu. Carta a Vera Antoun)

COMO QUERIA NÓS DOIS

Não consigo ser verdadeiro o tempo todo. Mas você me saca, eu sei. 
(Caio Fernando Abreu. Carta a Vera Antoun)

Não sei o que faço, onde fico: tenho muito medo, mas confio em Deus. E apesar do meu medo há em mim uma paz enorme que eu chamo de felicidade. 
(Caio Fernando Abreu. Carta a Zaél e Nair Abreu.)
Não sei o que faço, onde fico: tenho muito medo, mas confio em Deus. E apesar do meu medo há em mim uma paz enorme que eu chamo de felicidade. 

Tô exausto de construir e demolir fantasias. 
Não quero me encantar com ninguém.

(Caio Fernando Abreu. Carta a José Márcio Penido)

Ô João, ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis, e a minha saída (uma saída gostosa) tem sido essa: a literatura. 

Caio Fernando Abreu

sábado, 21 de abril de 2012

NA FÉ

AGENTE SOFRE
SUPERA A DOR
ACHA QUE APRENDEU
E FAZ TUDO DE NOVO

SEU LUGAR TÁ RESERVADO


 
“Antes de abrir a porta do coração novamente, melhor limpar a bagunça que ficou da última vez.”

Clarice Lispector

MINHA FÉ

Me namora

Abre os braços vem e me namora
Eu quero dar razão ao sentimento
Mostrar que é lindo o que eu sinto por dentro
Beleza essa que eu te canto agora
Abre os braços vem e me namora
Eu penso estar vivendo uma ilusão
Sem saber se me quer ou não
Quem dera se a resposta fosse sim
Mas acho que já nem liga pra mim
Se for assim o meu coração
Sofre, só, sem você em vão
Bate mais triste então

“Rapazes, ouçam bem! Preferimos mil vezes que vocês digam (sem muitos rodeios) que estão cansados. Que não nos querem mais. A cair no clichê mais manjado do mundo: o do homem distante. (Existe coisa mais angustiante que isso?).
É um tal de não dar notícia. Desmarcar encontros. Inventar desculpas… E insistir que aquela velha amiga é apenas uma amiga.
Quando vejo uma situação dessas, penso logo de cara: eles estão subestimando a nossa inteligência? Agora descobri que não. Eles estão apenas escondendo o medo absurdo que eles têm da gente. Medo da nossa reação. Medo da gente chorar. Rodar a baiana...

(Fernanda Mello)

QUE A BOA SORTE NOS ACOMPANHE



“Sem revolta, ela aceitava.
E chorava pela perdição de aceitar o que não pode ser modificado.”

(Caio Fernando Abreu )
“Apenas seguir em frente. Primeiro, porque nenhum amor deve ser mendigado. Segundo, porque todo amor deve ser recíproco.”

(Martha Medeiros)

BEATLES FOREVER



Que a gente tenha: Astral bonito. Prece nos lábios. Saudade mansinha. Fé no futuro. Delicadeza nos gestos. Conversa que cura. Cotidiano enfeitado. Firmeza nos passos. Sonhos que salvam.

Caio Fernando Abreu

Um dia talvez você entenda o quanto a sua distração me dói, o quanto esse seu silêncio me rasga.
 
Caio Fernando Abreu

sábado, 14 de abril de 2012

Mas a gente espera, lá no fundo, perdido, soterrado e cansado, que a vida compense de alguma maneira.

Tati Bernardi
A carência é nossa inimiga número um. Você já parou para pensar nas besteiras que faz por carência?
Liga pra relacionamentos falidos, dá bola pra babacas.

— Tati Bernardi

sexta-feira, 13 de abril de 2012

"Eu. Eu sou errada. Eu escolho errado. Eu escolho a dedo. Eu acho que as coisas são como penso que deveriam. Eu me jogo. Me envolvo. Me dou. Me estrepo. Dou a cara pra bater. Me abro. Me entrego. Me fodo. Me ferro. Me queimo. Me desgoverno. Perco as estribeiras. Perco o chão. Perco tudo. Só não perco a identidade. Porque eu sou eu. Sem medo. Sem pé atrás. Sem crueldade. Sem ficar cheia de dedos. Sem covardia. Sem hesitação. Sem pensar muito. Sem nada. Apenas vou. Apenas sinto. Apenas sei. Apenas quero. E quero mesmo…"

Clarissa Corrêa
A culpa é minha. Minha e das minhas expectativas. Minha e das minhas lamentáveis escolhas. Minha e do meu coração lerdo. Minha e da minha imaginação pra lá de maluca. Então, com sua licença, deixe eu e minha culpa em paz. Eu e meu delicioso perdão por mim mesmo.

 Fernanda Mello
Mas seus olhos não mentem o cansaço da espera e a tristeza de estar solta, e você fica feia. É ter a sensação de que ninguém te olha, pelo menos não como você gostaria de ser olhada. Estar sozinha é estar solta e, no entanto, é estar amarrada ao chão porque nada te faz flutuar, sonhar, divagar. Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um. Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido. E o sentido dela dói demais. Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido […] É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada.

Tati Bernardi

SEMPRE

"Até onde posso, vou deixando o melhor de mim (…) Se alguém não viu, foi porque não me sentiu com o coração."

-Clarice Lispector
Eu acredito em Deus mesmo sem escutar sua voz, porque mesmo com tudo isso ele ainda dá outra chance pra nóis. Projota



Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando.
 
Caio Fernando Abreu



Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor para curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe para trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não.

Caio Fernando Abreu


Confesso que me dá uma saudade irracional de você. E tenho vontade de voltar atrás, de ligar, de te dizer mil coisas, e cair em suas mãos, sem me importar com nada, simplesmente entregar-te meu coração. Mas não, renuncio, me controlo e digo para mim mesmo que não é assim, que não pode ser, que você se foi, e não volta.

Caio Fernando Abreu

Trago lágrimas, sorrisos, histórias, abraços. Trago momentos felizes, momentos de decepção.
Carrego pessoas, amores e desamores, amigos e inimigos, desafetos, paixões.

Caio Fernando Abreu

Não te prometerei o mundo, meu amor
porque também eu, embora apaixonada,
embora capaz de mudar para qualquer lugar só para te acompanhar,
eu também preciso dele para viver.
É uma coisa que aprendi:
por maior que seja o envolvimento, duas pessoas nunca serão uma.
Então, eu respeito o nosso espaço
e me perco em seus abraços
sem esquecer de onde vim. 

sábado, 7 de abril de 2012

Pode ser desse jeito




Alguma coisa em mim não consegue desistir, mesmo depois de todos os fracassos. E tento, tento…

Caio Fernando Abreu


Que é isso? Xô, não, vamos lá, eia, avante, companheira, hei-de-vencer, Deus-provê e eu-mereço-mais. Fique bem, please. Paciência — é preciso ter infinita paciência. Olhar meigo para tudo e todos. Humildade, decência, recato e pudor.

Caio Fernando Abreu

domingo, 1 de abril de 2012

❝ Essa não é mais uma carta de amor, são pensamentos soltos, traduzidos em palavras… pra que você possa entender, o que eu também não entendo.
Amar não é ter que ter sempre certeza, é aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém. 
É poder ser você mesmo, e não precisar fingir. É tentar esquecer, e não conseguir fugir. 
Já pensei em te largar, já olhei tantas vezes pro lado. 
Mas quando penso em alguém, é por você que fecho os olhos. 
Sei que nunca fui perfeito, mas com você eu posso ser até eu mesmo, que você vai entender. 
Posso brincar de descobrir desenhos e nuvens. 
Posso contar meus pesadelos, e até minhas coisas fúteis. 
Posso tirar a tua roupa, posso fazer o que eu quiser. 
Posso perder o juízo, mas com você eu tô tranquilo. Tranquilo! Agora o que vamos fazer?
Eu também não sei! Afinal, será que amar, é mesmo tudo? 
E se isso não é amor… o que mais pode ser? Estou aprendendo também.

- Jota Quest 



Eu peço a Deus tudo o que eu quero e preciso. É o que me cabe. Ser ou não ser atendida - isso não cabe a mim, isso já é matéria-mágica que se me dá ou se retrai. Obstinada, eu rezo. Eu não tenho o poder. Tenho a prece.

(Clarice Lispector)