segunda-feira, 4 de setembro de 2017

sexta-feira, 1 de setembro de 2017





Foi a maior força possível — me recuperei completamente do complexo de inferioridade e de abandono, senti outra vez aquelas coisas, lembrei de todas as letras do Roberto Carlos — fiquei, enfim, meio cafona como sempre fico nessas situações, mas agora já voltei a pisar na terra — tudo fica mais concreto, e eu compreendo melhor.

(Caio Fernando Abreu. Carta a Vera Antoun)

  

Perdi minha identidade, me desconheci. Passei um mês inteiro trancado no quarto, sentindo dor.
Não exatamente sentindo, mas sendo dor, sem falar com ninguém, sem pensar nada, sem fazer nada.


(Caio Fernando Abreu. Carta a Vera Antoun)

...e me rendo
a um milagroso dia
Essa é a luz que
eu preciso
luz que ilumina a cria
e nos dá juizo

voltar com a maré
sem se distrair
Tristeza e pesar
sem se entregar
Mal, mal vai passar
mal vou me abalar


O RAPPA

Juro que estou tentando voltar a minha atenção para outras coisas, que de preferência, não envolvam você. Que não me mostrem o quanto eu vou senti a sua falta. Mas tem sido complicado me desligar de tudo aquilo que nos prende. Assistir um filme, ouvir uma música e até mesmo deitar para dormir, qualquer coisa que eu faça, me faz lembrar tudo  que tivemos. Desculpe, ainda não me acostumei com o fato da nossa história ter que ser narrada no passado.

Estou me esforçando para colocar minha cabeça no lugar, mas as lembranças são reais e pulsam forte.
Preciso organizar as coisas dentro de mim antes de sair ao mundo novamente. Preciso estar em equilíbrio comigo, com o meu coração e com tudo aquilo que perdi.

E a cada dia tenho buscado uma saída diferente, porque não sei por qual caminho devo trilhar. Todos os outros já haviam sido traçados sempre da mesma forma, ao seu lado.

É difícil pensar no tanto que a minha rotina precisou ser alterada. Tinha costumes que eram só meus, passaram a ser de nós dois e agora preciso encontra-los novamente.


Mas pensa comigo, me diz se não é complicado encarar a vida a sós, depois que se acostuma a andar acompanhado. E a vida não facilita, ela manda a conta daquela dependência emocional, e então percebemos o quanto ela é alta. Pesa no pensamento na mesma medida que esmaga o nosso coração.

Quando alguém se vai, a nossa casa fica vazia, cheia de ecos e mal assombrada. É inevitável ter medo do próximo passo. E dói. Como dói pensar em recomeçar, quando tudo o que eu mais queria era apenas continuar. Mas por ora eu só tenho a fé de que o céu vai voltar a brilhar para mim. E eu vou encontrar a verdadeira felicidade.





   Eu não me arrisco a tentar achar lógica em certas situações da vida.





Ter o coração vazio novamente foi como sentir que eu tinha controle sobre tudo outra vez. Faz tempo que deixei de acreditar em coisas que não existem. Me permitir aceitar isso foi o primeiro passo pra esvaziar o coração de mágoas e arrependimentos. Sempre há muitas possibilidades lá fora. A culpa se limita a promessas mal feitas, sempre. Que continuemos vivendo, apesar das incertezas. Isso já nem dói mais.

Relacionamentos fracassados, assim como antigos sentimentos, tem que ser deixados pra trás.
É que ficamos fadigados de distribuir amor e receber em troca indiferença.
Será que dá pra esquecer todas as ausências vividas ao longo do tempo?
De tanto seguir caminhos errados alguma coisa a gente acaba aprendendo afinal.
Amando, sofrendo, desamando, aprendendo...
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Que venha setembro
Trazendo novas cores, novas flores e amores...

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 Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
 Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
 Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
 Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
 Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
 Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
 Sol de primavera abre as janelas do meu peito
 A lição sabemos de cor, só nos resta aprender