domingo, 28 de setembro de 2014



Eu também tive meu coração machucado. Me dei mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Mas tudo está bem agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e bem. Descobri tantas coisas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama.

Caio Fernando Abreu




Te espero assim como alguém que espera o impossível. Te espero sem esperança, sem expectativas, só espero. Te espero como quem sabe que não vem. Te espero porque não posso fazer nada além. Só esperar. E torcer para que você sinta o mesmo que eu estou sentindo. Torcer para que você se lembre o quanto é bom quando estamos juntos. Sorrisos, beijos, abraços, recordações. Tão doces, tão distantes. Olha essa saudade, como dói! Correr atrás é cansativo, o orgulho não gosta e o amor próprio não deixa. O jeito é esperar fingindo que não me importo. Mas a cada telefonema o coração pula, a cada SMS um sorriso aparece, a cada olhar espero o seu.. Mas nunca é você. Tudo bem, eu te espero.
E eu andei aceitando cada esmola, em troca do meu amor
Acabou, não preciso

domingo, 14 de setembro de 2014






Tinha suspirado
Tinha beijado o papel devotamente
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades
E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saia delas
Como um corpo ressequido que se estira num banho lépido
Sentia um acréscimo de estima por sí mesma!
E parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante…
Onde cada hora tinha seu intúito diferente
Cada passo conduzia um êxtase…
E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações…

Eça de Queiroz


Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

Caio Fernando Abreu



”Como saber se é amor, ainda bem que perguntou pra mim. Amor é igualzinho a um sundae que você pensa que não vai ter fim.
Faz você se sentir firme, relaxado e bonito igualzinho a um robô de 200 metros, que a cidade está invadindo.Mas você não é um robô do mau, é um robô em busca de amor. Mas não tem muitos robôs de 200 metros dando sopa por aí pra amar, então você um monte de robôs menores e cola pra fazer uma robô gigante, daí vocês saem pra tomar café e no final do café vem o amor. então você e sua robô amante destroem a cidade inteira, pois estão fazendo a sua dança e gostam dela de qualquer maneira, e quando os exércitos do mundo chegam vocês fogem na sua nave.
E não dão-se abraço e vão voando pro espaço por que a terra não está preparada pro teu amor.

E assim você sabe que é amor
(Ache um robô para amar)
E é assim que você sabe que é amor

É como se vc fosse um sereio com 200 metros de altura a procura de um sereio fêmea para amar. Mas o oceano é um lugar imenso e não tem muitos sereios fêmeas, e então para aumentar suas chances você viaja para o shopping dos sereios do mar.E você acha um sereio fêmea que trabalha num quiosque vendendo capas pra celulares e chaveiros personalizados, você segura um dos tentáculos dela e ela ja quer se derreter.Só que uma delas fica com ciúme e te acerta com um tridente e mata você.

E é assim que você sabe que é amor” ♥


Eu tinha e tenho um monte de coisas pra te dizer, daquelas coisas que a gente cala quando está perto.

— Caio Fernando Abreu

sábado, 6 de setembro de 2014

”(…) mas o simples ato de acreditar é um ato de fé, porque nenhum de nós conhece o desfecho. Devoção é diligência sem segurança. A fé é uma forma de dizer: “Sim, aceito previamente a maneira como o universo funciona, e acredito previamente naquilo que hoje sou incapaz de entender.” Há um motivo pelo qual usamos a expressão “salto de fé” - porque a decisão de aceitar qualquer ideia de divindade é um salto tremendo do racional em direção ao desconhecido, e pouco me importa com quanto afinco os estudiosos de qualquer religião tentem fazer você se sentar junto a suas pilhas de livros e lhe provar, pela escritura, que sua fé na verdade é racional; não é. Se a fé fosse racional, não seria - por definição - fé. A fé é a crença naquilo que não se pode ver, provar ou tocar. Fé é mergulhar de cabeça e em velocidade total rumo à escuridão.”

(Elizabeth Gilbert)