A
cada novo dia, a cada momento,temos a nossa disposição a maravilhosa
possibilidade do encontro, que traz em si infinitas oportunidades.
Precisamos apenas estar atentos.
Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
terça-feira, 31 de julho de 2012
Fé sempre
Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo
bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais
paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia.
Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você.
Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais
nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que
não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu.
Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e
travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que
não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo
seguinte.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer te amo outra e outra vez.
— Caio Fernando Abreu
Meu Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de uma certa fé — não sei se em mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-as-coisas. Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça. Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que eu continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato. Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor. Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre.
Caio Fernando Abreu
sábado, 14 de julho de 2012
“Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança. Você quebrou minhas pernas, me fez comprar um vestido novo, tirou as pedras da minha mão. Você diz que me quer com todas as minhas vírgulas, eu te quero como meu ponto final.”
(Tati Bernardi)
(Tati Bernardi)
Preciso muito que alguma coisa muito muito boa aconteça na minha
vida. Alguma coisa, alguma pessoa. Acho que tenho medo de não conseguir
deixar que o passado seja passado, de aceitar verdades pela metade, de
viver de ilusão. Eu preciso muito muito deixar acontecer o momento da
renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do
novo, não importa o quê, mais que seja novo, nem que sejam os problemas.
Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília. Fazer a faxina
da mente, da alma, do corpo e do coração. Demolir as ruínas e construir
qualquer coisa nova, quem sabe um castelo.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Meus pais deviam ter me ensinado a fingir quando criança,
talvez assim sofreria menos... sei que os pais não ensinam esse tipo de coisas para seus filhos(pelo menos diretamente), fato.
Mas tem momentos que temos que botar o sorriso na cara e fingir que tá tudo bem, isso me chateia muito, pois não sei mascarar meus sentimentos. E agora, o que eu faço???????
Neste momento, queria poder olhar tudo que estou passando como os moradores daqueles casarões de Olinda na janela vendo o carnaval passar pela rua. Claro que não teria a mesma empolgação. Todos iludidos em um momento que estou inserida, mas sem participar e sem envolver, apenas uma mera expectadora esperando uma mudança no cenário da vida.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
"Se a noite não tem fundo, o mar perde o valor. Opaco é o fim do mundo, pra qualquer navegador, que perde o oriente, e entra em espirais. E topa pela frente, um contingente que ele já deixou pra trás. Os soluços dobram tão iguais… Seu navio carregado de ideais, que foram escorrendo feito grãos. As estrelas que não voltam nunca mais, e um oceano pra lavar as mãos."
— Chico Buarque
Identifiquei totalmente
"A verdade é que não me sinto capaz de nada.
Não é fossa.
Fossa dá idéia de uma coisa subjetiva e narcisista.
São motivos bem
concretos, que inclusive transcendem o plano pessoal.
E tudo tão
insolúvel que a gente só pode fugir, porque ficar não adianta nada.
A
minha maneira de fugir, tu sabes, é dormindo."
— Caio Fernando Abreu.
Hoje
acordei cansada dessa brincadeira. Cansada de ser sempre forte,
guerreira, mulher-maravilha. Não, não sou nada disso por opção. D. Vida
me fez assim. Tenho por mim que
mulheres de fala mansa são "bem tratadas" pela vida. Mulheres como eu
assustam, afastam. Tudo eu consigo resolver, me virar...sou forte.
Todos acreditam nessa minha fortaleza. Mal sabem eles que sou feita de
carne e osso. Todas as manhãs abro meu guarda-roupa e colo minha
fantasia de super-mulher. Faça chuva ou faça sol; sorrindo ou chorando
faço o meu trabalho. Confesso que hoje não tive vontade. Confesso!
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