Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
terça-feira, 31 de julho de 2012
Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo
bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais
paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia.
Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você.
Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais
nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que
não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu.
Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e
travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que
não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo
seguinte.