A graça do perdão não é forçada; desce dos céus como uma chuva fina sobre o solo: abençoada duplamente, abençoa a quem dá e a quem recebe. É mais forte que a força: ela guarnece o monarca melhor que uma coroa: o cetro mostra a força temporal, atributo de orgulho e majestade, onde assenta o temor devido aos reis. Mas o perdão supera essa imponência: é um atributo que pertence a Deus, e o terreno poder se faz divino quando, a piedade, curva-se à justiça.
(Shakespeare)