sábado, 31 de agosto de 2013

As coisas só começam a fluir, quando a gente permite que isso aconteça. Eu tô confiando em mim de novo, me permitindo, porque eu sei que posso muito, mereço muito! E como é bom eu finalmente me dar essa segunda chance, depois de ter dado tantas pra quem nem valia a pena.

— Tati Bernardi.


"A gente aprende não exatamente a desprezar outras coisas, mas a dar a elas apenas o tamanho e o espaço que merecem."


"Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento historinhas para mim mesma o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinha não me larga."

sábado, 17 de agosto de 2013




"Recuperar sempre o fôlego. Jamais deixar que instantes contaminem o restante."

Vanessa da Mata
Se eu não fosse tão pequena na minha imensidão e tão imersa na minha pequenez, quem sabe o mundo não fosse tão grande visto daqui.
Visto de onde nem todas as estrelas saem de trás das nuvens.
365-musica:

#159 Jota Quest - Amor maiorhttp://letras.mus.br/jota-quest/68366
"E ela, então, chorou alto, convulsamente, sob muitos tormentos reunidos e confusos, e as pessoas se desfizeram diante dela, como estátuas de cinza, e a casa ficou vazia, sem mais braços, sem mais rostos, sem mais vozes certas. Sozinha ela existia entre as coisas imóveis, que talvez lhe falassem, se pudessem, e a abraçassem, se não estivessem presas na sua forma. Sozinha ela existia - com as cadeiras, os espelhos, as paredes, as nuvens, o sol…
Era assim.”

(Cecília Meireles)

domingo, 11 de agosto de 2013



Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos — e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso. Tenho medo de já ter perdido muito tempo. Tenho medo que seja cada vez mais difícil. Tenho medo de endurecer, de me fechar, de me encarapaçar dentro duma solidão-escudo.

(Caio Fernando Abreu. Carta a Vera Antoun)
Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir, tenho muito pra contar, dizer que aprendi. E na vida a gente tem que entender, que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri. Mas quem sofre sempre tem que procurar, pelo menos vir achar razão para viver… Ver na vida algum motivo pra sonhar, ter um sonho todo azul, azul da cor do mar…

Morro de arrependimento, mas não morro de vontade.

Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas.


— Charles Bukowski.

Painho, sempre vivo em meu coração

Ele chegava de suas viagens à trabalho quase sempre depois das 10 da noite, pulava ansiosa da cama para vê-lo e reconheço o meu egoísmo, nem sempre era saudade...mas a espera das coxinhas do Gricha, dos pastéis de Zé da Cruz ou mesmo dos pães de açúcar. A expectativa sempre existia, mesmo quando não trazia algo para encher minha barriga, trazia algo que enchia minha alma, passava na banca de revista e trazia alguma pra eu ler; Como sou grata por isso!
Não fosse assim não teria tanto apreço pelos livros como tenho, sou uma eterna apaixonada pelas palavras, escrever pra mim é um ato sagrado onde libero uma catarse de emoções, talvez nunca dantes mostradas para alguém ou até mesmo pra mim mesma, mas não tô aqui pra falar de mim e sim da sua caridade. A maturidade nos trás uma visão do mundo e das pessoas completamente diferente da que tinha outrora, como por exemplo a maneira que o via, muitas vezes olhando apenas o lado ruim que por momentos apresentava.
Lembro me com orgulho do quanto era caridoso, pois nessa voltas de viagem, ao perceber o choro de um dos filhos do vizinho, logo se preocupou e perguntou pra minha mãe- “Será que os meninos estão chorando com fome? Para tirar a dúvida, pedia que ela fosse a casa deles; e para não ser invasiva devido a hora e a circunstância, pedisse umas folhas de erva-cidreira para fazer um chá (com a desculpa que estava com algum mal estar) e em troca levasse algo de comer para caso sua desconfiança se comprovasse, assim praticava a sua caridade e dormia mais tranquilo, quase de forma sutil.
Agora sei de onde herdei todo incômodo que me causa ver a dor do outro, sempre tento ajudar.
Esse é apenas um dos muitos casos que me lembro... Demorei muito pra perceber que aquilo era mais um ato de sua nobreza, que passou tantas vezes despercebido.

Saudades...