sábado, 30 de novembro de 2013



Ei-la em transe, privada dos sentidos, à beira do abismo; tudo é escuridão a sua volta, nenhuma perspectiva, nenhum consolo, nenhum vislumbre de esperança, porque a abandonou o único por quem e em quem ela sentia viver! Não vê o vasto mundo que diante dela se estende, e o número daqueles que poderiam substituir a perda que sofreu. Ela sente-se sozinha, abandonada por todos… e cega, oprimida pelo horrível aperto de seu coração, arroja-se ao abismo para sufocar todos os seus tormentos na morte que tudo abarca. (…) A Natureza não encontra nenhuma saída desse labirinto de forças intricadas e antagônicas, e o homem tem de morrer.


—Goethe.