Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
sábado, 7 de dezembro de 2013
Trago no corpo
Cicatrizes subcutâneas.
Trago no olhar
Uma tristeza subterrânea
Que o meu sorriso
Se empenhou
Em aniquilar.
Eu nunca fui vítima de nada
Mesmo quando me afoguei
Por não saber nadar.
Eu escolhi o mergulho
E corri o risco
De vivenciar minhas emoções
Em alto mar.
Trago na alma
Alegrias decorrentes
De uma parca memória.
Tenho um passado pesado
Mas reescrevi minha história.
Trago no peito
Apenas amor, gratidão.
A vida me ensinou
Que sobreviver à derrota
É uma grande vitória:
Superação.
Marla de Queiroz