Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Quer? Então pega. Pega por inteiro. Minha parte boa, minha parte chata, minha parte cinza-chumbo. Crise de tpm, crise existencial, crise de riso, crise de choro. Não queira só um lado ou só algumas partes. Se quer (quer mesmo?), queira tudo. Completa e complicada. Simples e confusa. Dramática e exagerada. Não gosto de partes, gosto da coisa inteira. Metades não me agradam. Não me atraem. Não me satisfazem. Se eu te quero, quero 100%. Inteirinho. Com teu lado cretino e bonzinho. Com teu jeito arrogante e descontrolado. Tua doçura e acidez. Não me vem com mais ou menos. Nem vem. Nem, nem. Comigo é tudo ou nada. Mesmo. Quer?
— Clarissa Corrêa.
— Clarissa Corrêa.
terça-feira, 24 de junho de 2014
"Do cansaço recorrente e das poucas coisas de que tenho certeza, admito, assino e repito como um mantra: velha demais pra ilusões, nova demais pra desistir. O pensamento é turbulento, o coração é calejado, mas o fim da linha é um sonho alcançado e a ousadia é a força motriz, e eu sei que não teria paz um minuto sequer na vida se desistisse de acreditar e seguir assim."
(Yohana Sanfer)
(Yohana Sanfer)
Tenho raiva de mim, de minha fraqueza e desse meu jeito de acreditar e esperar muito das pessoas
Hoje é um daqueles dias que você se arrepende amargamente do que fez na noite anterior
Cometo meus excessos em troca de nada, aliás em troca de uma ressaca moral imensa e da certeza do que já desconfiava, não vale a pena procurar quem apenas te usa quando quer.
Melhor guardar meus desejos e sentimentos para mim mesma, ou quem sabe um dia apareça alguém com quem possa dividir, somar e multiplicar tudo.
sábado, 21 de junho de 2014
Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.
— Carlos Drummond de Andrade.
— Carlos Drummond de Andrade.
Me libertando ele
Eu nunca escondi o quanto sou fraca em relação a sentimentos, pra ser mais precisa, sentimentos amorosos. Pois é, mais uma vez, conheço alguém e logo me deixo envolver, isso mesmo, eu me deixo envolver e eles não deixam e nem se envolvem.
No momento que estamos juntos, é tudo tão bom que chego a pensar que o outro está gostando, ledo engano, nenhuma mensagem, nenhum telefonema, só aparecem quando querem.
Eu erroneamente, fico buscando erros em mim: o que eu fiz? O que eu falei? Agora chega, sem expectativas, no dia seguinte já apago o telefone pra não esperar por mensagens, nem ligações, nem pela presença de alguém que me faça acreditar numa ilusão. Vida que segue... até acreditar de novo.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Quanto ao amor? O amor…
Não basta ter alguém com quem podemos conversar,
dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar muito pequeno: queremos o AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos visceralmente apaixonados,
queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados,
queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo,
queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de um outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão…
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
[Mário Quintana]
Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar. Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade.
Carlos Drummond de Andrade
Brincando de amar
Hoje podias vir aqui em casa. Se deixar levar por uma noite só nossa, repleta de beijos de borrar contornos e conversas ao pé do ouvido. Repleta também de bem-querer e olhar risonho. Aqui, juntos, vamos dar um beijo que nunca aconteceu, justamente para sempre acontecer.
Na minha casa as paredes são convidativas e a cama vira vírgula perto da exclamação que fazemos em cima da mesinha da sala. Entre nós arquitetamos redemoinhos de lençóis que desviam e brincam de acobertar amores de tom simples. Admito, amo brincar de amar e, ao mesmo tempo, te comer todinha. Mescla que traz à tona mimo e safadeza num beijo de uma nota só.
De cômodo em cômodo contamos a nossa história para os moveis enciumados que ali nos observam. Nos pegamos de jeito, assumimos nossos defeitos e vamos de carona no eco do teu gemido azaleia. Não desvia o olhar, me olha fundo e, fundo, saiba que não será só o olhar. Não prometo mundos, nem fundos, prometo sorrisos e orgasmos. Todos múltiplos. Prometo também beijos que pedem mudez. Pedem carinho e safadeza, atenção e destreza, simplicidade e falta de memória.
Falta de memória para esquecer quem és, quem sou, e enaltecer o fato de que, ali, só existem duas pessoas simples e comuns que desejam trocar um pouco de alma. Desnuda o pensar e não premedita minhas opiniões. Não fique com receio de ser quem és. Rebola, olha, pede tapa e beija como se não houvesse amanhã. E quando o amanhã chegar não se esqueça que cada viradinha de olho foi arrancada de ti com o maior carinho do mundo.
Sentimentos se ampliam na divisória dos momentos. São chaves que fecham e corações que abrem. São gaiolas-palavras que protegem a saudade e colorem dizendo como ficas linda ao meu lado.
E assim, que não deixemos que o orgasmo seja a morte do nosso desejo.
domingo, 15 de junho de 2014
O amor nunca morre de morte natural. Añais Nin estava certa. Morre porque o matamos ou o deixamos morrer. Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença… O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar. O amor é a boca suja. O amor repetirá na cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que precisava, reintegrar ao armário o que temia rever.
O amor é sempre assassinado.
— Fabrício Carpinejar.
O amor é sempre assassinado.
— Fabrício Carpinejar.
“É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos. É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo. Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar. É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida. Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato. E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.”
— Mário Quintana
— Mário Quintana
Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem. Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos… Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem. Amar com coragem não é viver com coragem. É bem mais do que estar aí. Amar com coragem não é questão de estilo, de opinião. Amar com coragem é caráter. Vem de uma incompetência de ser diferente. Amar para valer, para dar torcicolo. Não encontrar uma desculpa ou um pretexto para se adaptar. Não usar atenuantes como “estou confuso”. Amar com fúria, com o recalque de não ter sido assim antes. Amar decidido, obcecado, como quem troca de identidade e parte a um longo exílio. Amar como quem volta de um longo exílio. Amar quase que por, por bebedeira. Amar desavisado. Amar desatinado, pressionando, a amar mais do que é possível lembrar. Amar com coragem, só isso!
— Fabrício Carpinejar.
Aos poucos eu percebi, Que se apaixonar é inevitável, e que as melhores provas de amor são as mais simples. Um dia percebemos que o comum não nos atrai, e que ser classificado como bonzinho não é bom. Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você. Um dia saberemos a importância da frase: “Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa”. Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, e que não damos valor a isso. Que homem de verdade não é aquele que tem mil mulheres, mas aquele que consegue fazer uma única mulher feliz. Enfim, um dia descobrimos que apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem de ser dito. O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras.
— Mario Quintana.
O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que eu vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero, por isso não estranhe a minha maneira de sorrir, de te desejar o bem. É só assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver.
— Clarice Lispector.
Não existem segundas chances, porque nada volta a ser como era antes. Depois que algo é quebrado sempre vão existir marcas que vão provar que algo esteve errado. Não existem segundas chances quando um coração é magoado. Não existem outras oportunidades para algo que se deixou passar.
— Caio Fernando de Abreu.
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
— Caio Fernando Abreu
— Caio Fernando Abreu
Lembro de você amor
Toda vez que passo aqui
Noites de luar manhãs de sol
a iluminar os nossos destinos
Sei que não há mais ninguém
que possa me preencher
O amor com você é mais bonito
é todo azul do mar vem me fazer feliz
Oh meu bem com você tudo é diferente
eu te quero pra sempre
Oh meu bem nosso amor é sublime e nascente
Eu te quero pra sempre
oh meu bem
O teu nome eu gravei
dentro do meu coração
Em uma canção com o vento
pelo o teu olhar eu vejo tudo
Que um dia eu quis ver
nada é igual a você
Com o seu amor tudo é mais simples
é todo azul do mar
vem me fazer feliz
Oh meu bem com você tudo é diferente
eu te quero pra sempre
Oh meu bem nosso amor é sublime e nascente
Eu te quero pra sempre
oh meu bem...
Noites de luar manhãs de sol
a iluminar os nossos destinos
Sei que não há mais ninguém
que possa me preencher
O amor com você é mais bonito
é todo azul do mar vem me fazer feliz
Oh meu bem com você tudo é diferente
eu te quero pra sempre
Oh meu bem nosso amor é sublime e nascente
Eu te quero pra sempre
oh meu bem
O teu nome eu gravei
dentro do meu coração
Em uma canção com o vento
pelo o teu olhar eu vejo tudo
Que um dia eu quis ver
nada é igual a você
Com o seu amor tudo é mais simples
é todo azul do mar
vem me fazer feliz
Oh meu bem com você tudo é diferente
eu te quero pra sempre
Oh meu bem nosso amor é sublime e nascente
Eu te quero pra sempre
oh meu bem...
"Se alguma coisa não deu certo pra você, não jogue a culpa no amor. Ele não tem nada a ver com isso. As coisas dão certo até onde têm que dar. Se parou de funcionar, se o amor morreu sufocado ou afogado, se não tem mais jeito, o negócio é viver o luto, curtir a fossa e cuidar da vida. Fazer aula de italiano, ler vários livros, assistir filmes, jogar charme para o vizinho do andar de cima. Sem ofender o amor e os apaixonados. Porque um dia você vai amar de novo."
~ Clarissa Corrêa.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Minha estrela perdida
Você vai rir, quando eu pedir,
pra me fazer, mais um favor.
Deixe eu sonhar, acreditar,
mais uma vez, num grande amor.
Mente que eu finjo que acredito no seu coração,
conta uma mentira pra minha paixão,
diz que ainda sou o que você mais quis.
Mente que eu sou um sonho lindo que você sonhou
que a vida inteira você me esperou
basta o seu sorriso pra me ver feliz.
Só um beijo e nada mais
pra deixar você em paz
e encontrar a minha estrela perdida
Só um sonho e nada mais
depois disso tanto faz
uma noite pra esquecer de uma vida
minha estrela perdida.
pra me fazer, mais um favor.
Deixe eu sonhar, acreditar,
mais uma vez, num grande amor.
Mente que eu finjo que acredito no seu coração,
conta uma mentira pra minha paixão,
diz que ainda sou o que você mais quis.
Mente que eu sou um sonho lindo que você sonhou
que a vida inteira você me esperou
basta o seu sorriso pra me ver feliz.
Só um beijo e nada mais
pra deixar você em paz
e encontrar a minha estrela perdida
Só um sonho e nada mais
depois disso tanto faz
uma noite pra esquecer de uma vida
minha estrela perdida.
“O que não se diz em voz alta, o que não se grita não existe: a dor, as privações, a vocação, o longo dever e o grande triunfo sobre si mesmo — ninguém vê nem adivinha nada disso. A alegria passa por falta de profundidade; que ela seja às vezes a alegria que sucede a uma longa tensão, quem o sabe? Frequenta-se atores e grandes esforços são feitos para mostrar-lhes respeito. Mas ninguém compreende até que ponto é duro e penoso para mim viver com atores.
— Friedrich Nietzsche
— Friedrich Nietzsche
A alma humana é um manicômio de caricaturas.
Se uma alma pudesse revelar-se com verdade
E nem houvesse um pudor mais profundo
que todas as vergonhas conhecidas, definidas
Seria, como dizem, da verdade o poço.
Mas um poço sinistro, cheio de ecos vagos,
habitado por vidas ignóbeis,
viscosidades sem vida, lesmas sem ser.
Ranho da subjetividade.
Eis a alma.
Fernando Pessoa.
Se uma alma pudesse revelar-se com verdade
E nem houvesse um pudor mais profundo
que todas as vergonhas conhecidas, definidas
Seria, como dizem, da verdade o poço.
Mas um poço sinistro, cheio de ecos vagos,
habitado por vidas ignóbeis,
viscosidades sem vida, lesmas sem ser.
Ranho da subjetividade.
Eis a alma.
Fernando Pessoa.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
"O rouge virou blush. O pó-de-arroz virou pó-compacto. O brilho virou gloss. O rímel virou máscara incolor. A Lycra virou stretch. Anabela virou plataforma. O corpete virou porta-seios. Que virou sutiã. Que virou silicone. A peruca virou aplique… interlace… megahair… alongamento. A escova virou chapinha. ‘Problemas de moça’ viraram TPM. Confete virou MMs. A crise de nervos virou estresse. A purpurina virou gliter. A tanga virou fio dental. E o fio dental virou anti-séptico bucal. Ninguém mais vê: O à-la-carte porque virou self-service. A tristeza agora é depressão. O espaguete virou miojo pronto. A paquera virou pegação. A gafieira virou dança de salão. O que era praça virou shopping. A areia virou ringue. O LP virou CD. A fita de vídeo é DVD. O CD já é MP3. É um filho onde eram seis. O álbum de fotos agora é mostrado por e-mail. O namoro agora é virtual. A cantada virou torpedo. E do ‘não’ não se tem medo. O break virou street. O samba, pagode. O carnaval de rua virou Sapucaí. O folclore brasileiro, halloween. O piano agora é teclado, também. O forró de sanfona ficou eletrônico. Fortificante não é mais Biotônico. Polícia e ladrão virou Counter Strike. Fauna e flora a desaparecer. Lobato virou Paulo Coelho. Caetano virou um pentelho. Elis ressuscitou em Maria Rita. Raul e Renato. Cássia e Cazuza. Lennon e Elvis. A AIDS virou gripe. A bala antes encontrada agora é perdida. A violência está maldita. A maconha é calmante. O professor é agora o facilitador. As lições já não importam mais. A guerra superou a paz. E a sociedade ficou incapaz. De tudo. Inclusive de notar essas diferenças."
-Luís Fernando Veríssimo.
"Quero meus amigos de verdade sempre perto. Minha família sempre ao lado. Gente boa me rondando. O resto eu não quero. Gente que suga, que só quer, que não sabe ouvir, que tem inveja, que não sabe rir de si mesma. Não quero isso na minha vida. Eu quero claridade, entende? Gente clara, transparente. Que pisa na bola, mas entende, volta atrás, se assume."
-Clarissa Corrêa
"Não mereço uma pessoa que não sabe o que quer. Mereço certezas. Mereço que seja recíproco. Não quero alguém que me bajule o tempo todo. Não precisa abrir porta de carro, oferecer diamantes, pagar o jantar. Só precisa ser sincero. E real. E, principalmente, se entregar por inteiro. Porque não estou aqui para receber metade de nada."
(Clarissa Corrêa)
(Clarissa Corrêa)
sexta-feira, 6 de junho de 2014
quarta-feira, 4 de junho de 2014
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