quarta-feira, 30 de novembro de 2011




Tudo é amor.
Até o ódio, o qual julgas
ser a antítese do amor,
nada mais, é senão o próprio amor
que adoeceu gravemente.

Chico Xavier
"Que os sensíveis sejam também protegidos.
Que sejam protegidos todos os que veem muito além das aparências.
Todos os que ouvem bem pra lá de qualquer palavra.
Todos os que bordam maciez no tecido áspero do cotidiano. Todos os que propagam a bondade.
Todos os que amam sem coração com cerca de arame farpado.
Que sejam protegidos todos os poetas de olhar e de alma, tanto faz se dizem poesia com letras, gestos, silêncios ou outro jeito de fala.
Que sejam protegidos não por serem especiais, que toda vida é preciosa, mas porque são luzeiros, vez ou outra um bocadinho cansados, no escuro assustado e apertado do casulo desse mundo."

* Ana Jácomo *
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado,
nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
(…) As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar
que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações,
mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível,
do que está acontecendo em nosso coração.

E o desfazer-se de certas lembranças significa também
abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
(…) Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos.

Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas
porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Fernando Pessoa

Eu não entendo porque as pessoas se empenham tanto em iludir os outros pra usar e depois simplesmente jogar fora. Vamos poupar energia e sofrimento. Parem de falsas expectativas, por favor.

Caio Fernando Abreu

domingo, 27 de novembro de 2011

Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.
 
~ Martha Medeiros