Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
domingo, 17 de março de 2013
Rifa se um coração
Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos.
Rifa-se um coração que, na realidade, está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar ilusões.
Um coração inconsequente e precipitado, que diante de um sorriso mais malicioso já está apaixonado.
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de paixões. Sai do sério e, às vezes, revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro, que tenha um pouco mais de juízo.