Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Estou tão cansada. Estou tão, tão cansada! Minha vida tem sido um amontoado de palavras, M. Quase não falo, mas escrevo tudo o que não escrevi durante toda a minha existência. E tenho refletido sobre esta relação obsessiva que o escritor tem com a palavra. Pois, apesar da minha profunda necessidade dela, sua aproximação é muito tímida às vezes, e fico com todos os meus sentimentos desamparados de frases. Apenas sentir, sentir, sentir demais me entorpece, instiga minha insanidade e provoca uma profusão de diálogos e monólogos absurdos dentro de mim. Será que alguém repensa a própria existência e vive este processo de mergulhos até perder o fôlego intencionando respirar, por um segundo que seja, na superfície das coisas?