segunda-feira, 8 de julho de 2013


Romantismo não é piegas. Clichê é não amar. Não falo de uma convenção social de mandar flores, abrir a porta do carro, ou pagar o jantar. Romantismo é mais do que isso. É surpreender a rotina, desafiar o óbvio, aventurar a relação. Ser romântico também é saber sossegar quando ela precisar de colo. Não há cortejo maior do que cuidar do outro. Romantismo é avisar que chove lá fora, levar um chá de hortelã na cama sem ela pedir, passar no shopping e lembrar que ele está precisando de meias. Sim, romantismo não é a aparência de um restaurante chique. É a intimidade de um banho a dois, de um sexo matinal. Romantismo é a conversa em silêncio.

Ser romântico é quase um estado de espírito, mas depende muito da parceria. O romantismo não sabe ser só, unilateral. Precisa de um retorno, por menor que seja. Quem nasceu romântico, nunca deixará de ser intenso nos gestos, mas pode desanimar suas atitudes com o passar do tempo. Quem não sabe o que é ou não gosta de romantismo, nunca amou de verdade.

Vinhos, lareiras, flores, jantares ou beijos. Cheiros, carinhos, pele, toque e cafuné. Amar os segundos, falar ao telefone, sentir saudade, chorar de alegria. Abraço gostoso, pescoço, coxas e mãos. O corpo precisa do romantismo para respirar.