Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Tipos
Algumas categorias masculinas me incomodam. Dão aflição. Agonia. Repulsa. E eu fujo mesmo. Saio correndo. Se for preciso faço até triátlon.
Homens-Banana: Olhar, sorriso, olhar, sorriso, olhar, sorriso. Às vezes varia sorriso, olhar, sorriso, olhar. Atitude zero. Mil olhares. Mil sorrisos. No atitude.
Homens-Alisabel: Te alisam, alisam, alisam e nada. Aqueles que te elogiam, dão em cima, provocam e não fazem nada mais, além disso. No nada.
Homens-Jason: Psicopatas. Quando a gente pensa que eles morreram, aparecem com um machado na mão. Yes, machado!
Homens-Gato: Os que têm sete vidas. Já fizeram a passagem, partiram desta para melhor, mas insistem em ressurgir. Miau.
Homens-Picareta (Aprendi com um amigo): São os safados mesmo. Esse tipo é fácil de encontrar por aí dando sopa. Ordinários, cretinos, cachorros, fdps, salafrários, canalhas, filhos da mãe! Yes, safadeza!
Homens-Trident: Os que grudam na sola do scarpin. E não há jeito nem reza forte pra despachá-los.
Homens-Aurélio: Palavras, palavras, palavras. No ação.
Homens-Político: Prometem, prometem, prometem. E ficam na promessa. Pra ganhar a eleição fazem de tudo e quando estão no poder colocam tudo a perder. Esqueceram-se do velho “promessa é dívida”.
Não quero falta de atitude, elogios que não passam de elogios, alguém com um machado na mão atrás de mim, mortos-vivos, cretinice, chiclete, palavras, promessas. Estou farta de promessas. Cansada de palavras. E de mentiras. Quero verdades. E um homem cavalheiro.Sou machista, acho que o primeiro passo tem que ser dado pelo homem. Não condeno, tampouco julgo as mulheres que se dizem modernas e descoladas. As que tomam a iniciativa. Mas eu não sou assim. Não sei ser e nem quero. Gosto do romance. Sou a favor dele. E gosto de homens gentis, educados, carinhosos e prestativos. E que não façam jogos, pois acho perda de tempo. No início joguinhos são inevitáveis, mas sou a favor da sinceridade plena, completa e absoluta. Total.
Homens-cavalheiros: São os que têm atitude. Fazem elogios quando têm vontade, não pra iludir. Nas mãos trazem tulipas, não um machado. Não grudam, dão espaço. Não colam, mas abrem a porta do carro. Principalmente, os homens cavalheiros não fazem promessas a troco de nada. E sim promessas a troco de tudo. Olham nos olhos, falam o que pensam e não têm medo do que sentem. Permitem-se sentir de forma transparente e clara. Homens cavalheiros não nos deixam dúvidas, nos dão certezas. Não usam palavras que se tornam perdidas, mas atitudes que são inesquecíveis.
P.S: Esqueci-me de incluir os homens-cachaça: Aqueles que já ocuparam um baita lugar no nosso coração. Vício que tentamos diariamente largar. Embriagam-nos. E deixam uma senhora ressaca. Não há dor-flex que resolva o caso no dia seguinte! Dão uma dor de cabeça desgraçada. “Mantenha distância”.
— Clarissa Corrêa.